segunda-feira, fevereiro 19, 2007

American Dream

Finalmente há certas coisas que começam a fazer sentido na minha cabeça.


terça-feira, fevereiro 13, 2007

Reação ao sismo (II)

T-45 segundos: levanto-me para ir ao WC.
T-15 segundos: saco do membro para aliviar as águas.
T-5 segundos: o Rio Amarelo encontra-se em pleno transbordo.
T-0 segundos: a porta do WC começa a abanar estranhamente! Já urino naquela pia há uns meses e nunca vi tal coisa. Suspeitei que fosse uma corrente de ar.
T+2 segundos: olho para a porta, vejo-a abanar e deixo cair a ideia da corrente de ar. Agora tenho a certeza que há uma presença divina que me tenta dizer alguma coisa! Oiço vozes!!
T+4 segundos: pergunto «Quem está aí?! O que me quereis?! Não me fazerdeis mal!».
T+5 segundos: a voz responde baixinho «Sacode-a beeeeeeeeeem!! Sacode-a beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem!!».
T+6 segundos: faço o que a voz diz, saio do WC a correr, paro, volto para trás para lavar as mãos e apagar a luz (higiene e poupança de energia acima de qualquer susto paranormal!).

T+30 segundos: volto para a frente do PC e dizem-me que houve um sismo.

Foi quando percebi: alguma entidade sobrenatural provocou um sismo para que me auxiliar na sacodidela da praxe. Alguém lá em cima zelava pela limpeza dos meus truces e, naqueles segundos, impediu que a malfadada pinga me tingisse de amarelo as alvas cuecas!!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Reação ao sismo



1ª reacção: Fuck, 'tou com parkinson na perna.
2ª reacção: Estes gajos das obras aqui nas canalizações pah..
3ª reacção: Yeah! (nunca tinha sentido nenhum)

domingo, fevereiro 11, 2007

Viva a democracia!! Viva o nacional porreirismo!!

Portugal demonstrou hoje, mais uma vez, que é um país pobrezinho mas feliz! Assim que, às 20h, se ficaram a conhecer as primeiras projecções oficiais, o país inteiro foi informado de dois dados muito simples: a abstenção iria situar-se acima dos 50% e o 'sim' teria mais votos.
Do meu ponto de vista, a leitura que faço é esta: a abstenção ganhou, tal como no último referendo, e este país pouco evoluiu desde então em termos da seriedade com que a sociedade encara este tipo de convocatórias. O slogan podia bem ser: "25 de Abril, sim senhor, mas só se não tiver de ir votar muitas vezes, pah! Que isso é uma chatice do caraças!".
Agora, confesso que fiquei extremamente baralhado quando, às 20h01, o José Alberto de Carvalho diz: «Vamos ver as primeiras reacções». Aparecem duas imagens, lado a lado, dos dois quartéis generais dos dois movimentos. Do lado do SIM batiam palmas, abraçavam-se, agitavam bandeiras! Do lado do NÃO agitavam bandeiras, abraçavam-se e batiam palmas! E por momentos pensei: estão a filmar a sede do mesmo movimento, mas de ângulos diferentes! Ou então eles não viram os mesmos resultados que eu!!
Depois das primeiras declarações percebi que não deveria ter ficado surpreendido: afinal estava tudo dentro da normalidade e, como em qualquer eleição "normal" neste país, ganham todos e ninguém fica triste! É o nacional porreirismo!!
Uns festejam porque, apesar do referendo não ser vinculativo, a vitória foi significativa e o Primeiro-Ministro ia pegar naquele resultado e decidir que ele expressava a vontade dos portugueses.
Outros festejavam porque o referendo não foi vinculativo e porque...porque...bom...porque é melhor aparecer na televisão a sorrir e a bater palmas do que de trombas!
No final de contas, ganharam todos: ganhou a democracia, ganhou o sim, ganhou a vida, ganhou o planeamento familiar, ganharam as mães, ganharam os partidos todos sem excepção (mesmo aqueles que não apoiavam nada em particular), ganharam as televisões, ganharam os gabinetes de sondagem, ganharam os elementos das mesas de voto, ganharam os comentadores, ganharam as freguesias que precisavam de chamar a atenção para a problemática do horário do posto da GNR da terra... tenho impressão que até a Rosa Brava, de Gouveia, que não pode ir à escola porque a mãe diz que ela tem de se desemerdar, ganhou alguma coisa!! Quanto mais não seja, ganhou a possibilidade de fazer uma interrupção voluntária da gravidez, até às 10 semanas, quando por vontade dela própria, em estabelecimento de saúde devidamente autorizado, quando num destes dias fugir de casa dos pais e for emprenhar à pressa a ver se arranja um homem que a proteja da ditadura parental!

Pensamentos que davam sketches nos Malucos do Riso

Tal como a grande minoria dos portugueses, hoje fui exercer o meu direito de voto e manifestar a minha opinião no referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez.
Ao dobrar o papel em quatro, quando me dirigia para a urna onde iria depositar o meu voto, passou-me o seguinte pensamento pela cabeça:
«Agora chego ali à urna, meto lá o papel e digo "A ver se desta vez me sai alguma coisa! Tenho participado sempre! Venho aqui, preencho o cupão, mas depois nunca me sai nada! Desta vez qual é o prémio, mesmo?!"».
Ao mesmo tempo que maquinava este cenário absurdo, os meus lábios esboçavam um sorriso de satisfação e gozo. E foi com esse ar que encarei a presidente da mesa e depositei o meu voto na urna. Sem saber porque me ria, a senhora limitou-se a olhar para mim e a sorrir também, com um ar um tanto ou quanto desconfiado.
Pela cabeça dela deve ter passado este pensamento: «Estes jovens só vêm aqui para fazer patifarias! Este sacana deve ter feito merda aqui no boletim de voto, pela maneira orgulhosa como sorria!! Ah, malandreco!!».

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Fabulástico!!

Quando é que haverá destas no IKEA?!