segunda-feira, novembro 16, 2009

Descobertas

«Descobri umas fotografias tuas metidas no meio de um livro de matemática, a fazer umas figuras jeitosas». Foi assim que a minha mãe começou a conversa. Como estava de costas para a comunidade, entreolhámo-nos, tentando perceber para quem é que ela falava. Mas porra, eu era o único ali sentado à mesa que tinha livros de matemática nas estantes (devia ter pegado fogo àquela merda toda, como prometi que faria quando acabasse o curso).

Mas que fotos seriam? E de que figuras jeitosas estaria a minha mãe a falar? «Estavas a beber de uma máquina de cerveja», disse ela. E lá me caiu a ficha: não só havia fotos, como eu as tinha tentado esconder! Mas a verdade é como a "barriga de cerveja": pode-se disfarçar com roupas largas, mas mais tarde ou mais cedo as pessoas vão vê-la na praia ou assim!

Fui rever as fotos...e não eram bonitas!! Fotos de um tempo que não se repete. Um tempo em que não pesava mais de 60Kg e em que não lamentava as figuras tristes que me contavam no dia seguinte que tinha feito. Fotos em que me lembro de haver gente que me incentivava e gente que gritava receosa "Tirem-no dali que ele vai mandar a barraca abaixo!". Pobres coitados: eles não percebiam o que se estava realmente a passar. A Besta é maior que toda a compreensão. Se Deus e o Demónio se encontrassem para jogar à bola, o número d'A Besta seria o estádio!!

A Besta em preparação. Um grande bem haja a todos os que me apoiaram naquele dia. Vejo ali caras conhecidas. Uma homenagem especial ao meu mestre de bestialidades. Zé da Tchiba, tu sabes que é de ti que falo!

Algures a caminho de casa ainda repeti este arriscado número de contorcionismo, mas com aspersores de rega automática.

2 comentários:

Ramirez disse...

Falta a foto da última cadeira e da mesa !!!

Anónimo disse...

belos momentos... a última cadeira é genial sobretudo quando tentaste convencer o SEGURANÇA disso